Eu não me envolvo
fácil. São poucos com quem me identifico. Prefiro a solidão do que estar
acompanhada de pessoas vazias. Me preencho de mim mesma. Não tropeço em
ninguém. Não gosto de incomodar. Passo longe de gente sem alma. Não
caio em ciladas. Já escutei muitas desculpas. Já decorei muitas falas.
Sei de cor o que as pessoas vão dizer. Posso te conhecer só com um
olhar. Se não sei procuro adivinhar. Quem realmente te quer fica do seu
lado e quem não quer aceita ser
abandonado. Falo a verdade, mas já contei mentiras. Admito, não sou
fácil. Dificulto algumas coisas. Facilito simpatias. Gosto de gente que
me arranca sorrisos em dias tristes. Gosto de gente que liga do nada e
aparece sem hora marcada. Não me pergunte o que eu tenho quando estou
prestes a chorar, dependendo da situação pode até piorar. São poucas as
pessoas com quem posso contar. Não tenho reservas. Não gosto de segundas
opções. Nem meias, nem metades. Comigo é tudo ou nada. É quente ou o
frio. O morno não lava a minha alma e metades não completam os meus
dias. Gosto de delicadezas. Olho no olho. Cara a cara e mãos dadas.
Parar só se for para respirar. Sei bem onde piso. Algum passo alheio em
falso descarto a possibilidade de continuar. Não uso meu limite nas
palavras. Uso sempre meu silêncio quando me sinto incomodada. Defeitos
eu carrego muitos. Minha personalidade me define. Sou desconfiada.
Poucos ganham a minha confiança e quem perdeu até hoje não conseguiu
achar. Posso até ser simpática com você, mas não sou muito generosa. Sei
exatamente o que devo fazer. Faço errado por ser teimosa. Se for para
terminar que seja com ponto final. Se for para começar, não uso
parágrafo. Escrevo outra história
menina
“Ela é uma moça de poses delicadas, sorrisos discretos e olhar misterioso. Ela tem cara de menina mimada, um quê de esquisitice, uma sensibilidade de flor, um jeito encantado de ser, um toque de intuição e um tom de doçura. Ela reflete lilás, um brilho de estrela, uma inquietude, uma solidão de artista e um ar sensato de cientista. Ela é intensa e tem mania de sentir por completo, de amar por completo e de ser por completo. Dentro dela tem um coração bobo, que é sempre capaz de amar e de acreditar outra vez. Ela tem aquele gosto doce de menina romântica e aquele gosto ácido de mulher moderna.”
Caio Fernando Abreu
Caio Fernando Abreu
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sexta-feira, 17 de maio de 2013
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Obrigada por espalhar a sua doçura por ak.
Valéria