Por tudo que fomos. Por tudo o que não conseguimos ser.
Por tudo que se perdeu. Por termos nos perdido. Pelo que queríamos que
fosse e não foi. Pela renúncia. Por valores não dados. Por erros
cometidos. Acertos não comemorados. Palavras dissipadas.Versos brancos.
Chorei pela guerra cotidiana. Pelas tentativas de sobrevivência. Pelos
apelos de paz não atendidos. Pelo amor derramado. Pelo amor ofendido e
aprisionado. Pelo amor perdido. Pelo respeito empoeirado em cima da
estante. Pelo carinho esquecido junto das cartas envelhecidas no guarda-
roupa. Pelos sonhos desafinados, estremecidos e adiados. Pela culpa.
Toda a culpa. Minha. Sua. Nossa culpa. Por tudo que foi e voou. E não
volta mais, pois que hoje é já outro dia. Chorei.
menina
“Ela é uma moça de poses delicadas, sorrisos discretos e olhar misterioso. Ela tem cara de menina mimada, um quê de esquisitice, uma sensibilidade de flor, um jeito encantado de ser, um toque de intuição e um tom de doçura. Ela reflete lilás, um brilho de estrela, uma inquietude, uma solidão de artista e um ar sensato de cientista. Ela é intensa e tem mania de sentir por completo, de amar por completo e de ser por completo. Dentro dela tem um coração bobo, que é sempre capaz de amar e de acreditar outra vez. Ela tem aquele gosto doce de menina romântica e aquele gosto ácido de mulher moderna.”
Caio Fernando Abreu
Caio Fernando Abreu
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Obrigada por espalhar a sua doçura por ak.
Valéria